A ineficiente lógica do determinismo

A compreensão dos mecanismos patogênicos é insuficiente para interpretar uma doença. Não é suficiente basear-se em regras pré-estabelecidas considerando que todos os acontecimentos tem uma causa, e que por sua vez se originou de uma outra. A realidade supra material tem uma excelência que não pode ser capturada pelas leis do determinismo.

Mas o que é determinismo?
Através deste termo queremos dizer que qualquer evento existe por causa de uma outra causa anterior, que por sua vez também tem outro fator prévio, e assim por diante. Uma constante operacional é reconhecida na relação entre os vários eventos – uma constante que precede a partir da causa inicial e continua para sempre. Esta postulação é ilógica e contraditória.

A consequência prática da aplicação desta lei para explicar o desenvolvimento de uma doença, é que, se nós perdermos a certeza da constância, um evento pode ser determinado por causas incertas, considerando que elas existem em quantidades infinitas.
A lógica, entretanto, nos permitiu desvendar um fato. Se queremos continuar explorando a razão de um evento (por exemplo, de uma doença), devemos nos transportar para um nível conceitual “metafísico”.
Neste caso, a atual questão não seria: “como acontece um evento”?, mas: “por que razão acontece um evento?” Deste modo, nós descobrimos que a primeira necessidade de encontrar razões para um evento é a causa ontológica (isto é, pertinente à natureza intrínseca – do ser) ,e em segundo lugar a lei de causa e efeito.
“A filosofia deve se encontrar com a religião” disse Hegel 4, pois a filosofia é a base de qualquer pensamento.’

O determinismo, entretanto tem uma validade relativa – enfocando que ele pode ser admitido somente em um ambiente circunscrito. Mesmo quando é possível configurar previamente uma sequência de eventos, não devemos nos esquecer de que um evento deve ocorrer “por causa dos parâmetros de uma natureza superior” cujas origens, como observamos, surgem no que não pode ser determinado.
A medida que procedemos em nossas observações, a partir do nível da matéria física para âmbito ser humano (até mesmo o conceito de ser divino), observamos que o processo dinâmico é ampliado.

Aqueles que apreciam a metafísica (isto é, o estudo das bases da realidade) e o instinto de liberdade e independência do pensamento, não podem apreciar serem lacrados dentro de uma gaiola mental formada por regras, padrões e métodos que não foram estabelecidos pelo pensamento convencional. Admitir a existência do infinito, não significa a priori aceitar qualquer princípio pré-concebido. Significa aceitar todos e possíveis aspectos da realidade.

Translated excerpt from the book “Cancer is a Fungus
capítulo 1 – A ineficiente lógica do determinismo





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