De acordo com os aspectos filosóficos, discutidos no capítulo I, existe uma separação do indivíduo em parte material e espiritual. Apesar de frequentemente unificadas conceitualmente, estas duas partes nunca foram interpretadas em conjunto. Esta falta de reconhecimento determinou a dicotomia que existe na medicina atual. Na verdade, com o desenvolvimento dos dois domínios teóricos e aplicativos, sua incomunicabilidade recíproca aumentou, até chegar à irreversibilidade. Consequentemente, cada domínio contém sua própria configuração teórica, filosófica, epistemiológica, metodológica e terapêutica.
Atualmente a medicina considera o corpo e a mente separadamente e se assim continuar a proceder, não haverá possibilidade de interação e unificação, considerando que não existem teorias capazes de explicar simultaneamente e satisfatoriamente todas as expressões do ser humano.
Mas, se aceitarmos o valor fundamental e não experimental da existência humana e se introduzirmos o conceito de uma comutação constante entre os elementos espirituais e materiais, torna-se possível nos libertarmos do domínio da manifestação e o indivíduo esse tornará livre da quantificação de suas expressões imateriais.
Basicamente, todos podem conduzir suas vidas e serem livres para “gastar” suas energias– suas cargas neurológicas do modo como desejam. Este comportamento tem um efeito no nível corpóreo que eventualmente pode ser quantificado no nível médico. O período de vida e a quantidade “gasta” terá conseqüências no nível corpóreo.
Devemos evidenciar o componente concreto que permite a junção dos dois elementos, que pode ser encontrado no denominador comum que gera todas as manifestações do ser humano.
Translated excerpt from the book “Cancer is a Fungus”
capítulo 2 – Medicina holística e alopática